O Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, é a coisa mais modesta com o carimbo «Palácio».
A aparência de resort algarvio exterior até se desculpa, porque terão sido os algarvios contemporâneos a copiá-lo, mas justificar a visita, não justifica. O interior confunde-se com o de um hotel devoluto, com meia dúzia de corredores cheios de portas fechadas e uma ou outra sala de porta aberta, mas nada a oferecer. Literalmente. Despojadas de ornamento, seja peças de mobiliário ou adereços decorativos. Apenas paredes caiadas com azulejos até meio das coxas, já coxos por metade terem caído, e é tudo.
Tem uma capela, arranjadinha e bem composta, mas é vê-la por uma janela ou por um canudo, que acesso directo só se a desaferrolhassem. O jardim é bonito, mas fica visto num instante. Passear por ele não deu, que um evento de Sushi a uma semana de distância já o interditou ao público, não vá ninguém contrair tétano picando-se num prego fora do sítio.