Em resposta ao desafio da Sofia Santos, do blog Girl on Film,
escolhi o filme You’re Next, de Adam Wingard e aqui está a minha crítica no feminino.
Home invasion por um grupo de onanistas com dinheiro para montarem
uma produtora e entrarem nos filmes uns dos outros, ora realizando, escrevendo
ou representando, e que desta vez apostaram no cliché do encontro familiar em
casa de campo com assassinos mascarados à mistura. E, digo eu, antes com
máscaras do que sem elas, porque não se aproveita um. Quanto ao elenco feminino,
divide-se por uma voluntariosa, uma malvada e três vítimas mais ou menos assustadiças; não haver silicone é um ponto a favor, mas tanta magreza não pode ser saudável.
Sharni Vinson é a heroína e
percebe-se logo porquê. A bailarina de Step
Up 3D é da terra do Crocodilo Dundee,
onde uma faca é uma faca, e ela sabe
usar facas, machados, bestas, copos misturadores e tábuas com pregos, copiando
até uma MacGyverice já utilizada por Nancy Thompson (a menos bimba de todas as
heroínas de terror dos anos 80) na porta de entrada de Pesadelo em Elm Street. Margaret Laney é mais bonita, mas percebeu que a carreira não
ia avançar com esta película e assinou de pseudónimo, porque o sindicato se opôs
a que o fizesse de cruz. Barbara Crampton também merece menção, já que foi scream
queen de boobies de fora nos anos
80, fez carreira nas soap operas e
voltou como uma senhora de respeito; há que dar valor a quem não se deixa
estragar pela menopausa. Ainda no campo das boobies,
de mencionar que a primeira cena é de uma figurante a fazer sexo com um labrego
foleiríssimo (já tinha avisado), mas um olhar mais atento ao topless da jovem parece indiciar ali um body cor de pele; é o que eu digo
sempre: se não te pagam para isso, não apanhes frio.
De qualquer modo, há que reconhecer que é um slasher onde a heroína é bem mais despachada do que o costume, não dando parte de fraca desde o início, uma autêntica Ripley ao nível de Aliens, cujas comparações terminam aí. Quanto ao título, está ali para enganar, literalmente, tanto o público (em relação às intenções dos homicidas) como, vá, conceda-se, as autoridades da terrinha, com os mesmos argumentos. O argumento é que é muito fraquinho: tem twists e mortes, mas boceja-se mais do que se vibra. A direcção de fotografia e isso também não estão mal. A evitar, a menos que tenha de ser.
No comments:
Post a Comment