A produção fartou-se das festanças de droga e prostitutas de Charlie Sheen e despediu-o, mas as audiências da série Dois Homens e Meio levaram-na a apostar na sua manutenção, apenas substituindo o protagonista. Entra Ashton Kutcher, que tem feito cinema na última década mas continua a ser recordado estritamente pela sitcom That 70’s Show e pela apresentação do programa Punk’d da MTV. Charlie morreu, o irmão e o filho foram despejados, mas eis senão quando, chega um Kutcher encharcado, que queria suicidar-se, mas não contou com a temperatura fria da água. É a sua primeira graçola para a série, e talvez a única.
Dois Homens e Meio manteve o cenário e o resto do elenco. Introduziu Kutcher e a sua ex-mulher, interpretada por Judy Greer, e é aqui que se carrega a primeira sobrancelha. Apesar da diferença de idades ser apenas de 3 anos, tendo ele 33 e ela 36, a actriz está tão mal conservada que podia perfeitamente fazer de mãe dele. O pior é que a série os apresenta como tendo sido high school sweethearts, ou seja, namorados no liceu, portanto, da mesma idade. Não sei se será uma piscadela de olho ao facto de Kutcher ser casado com Demi Moore, o que poderá deixar de ter graça muito em breve, se o casal se separar, como tem sido noticiado, por causa das facadinhas dele.
Ao cabo de três episódios é possível concluir que a série está oficialmente estagnada e passar para outra. Não há imaginação, humor ou curiosidade que lhe valha. RIP.
Última nota: no primeiro episódio da 9ª temporada, a casa de Charlie está para venda e um casal vem vê-la: nada mais nada menos do que Dharma & Greg, série que durou de 1997 a 2002. é preciso ter boa memória para se lembrar deles, já que a série terminou um ano antes de Dois Homens e Meio começar.