Os  mesmos produtores de Smallville foram contratados pela Warner Bros para  desenvolverem uma série baseada nos comics Birds of Prey (2002). 
O  conceito do comic nasceu em 1996 num especial Oráculo/Black Canary, transformada  em revista mensal em 1999, sempre escrita por Chuck Dixon. A história trata do  combate ao crime por parte do dueto feminino mencionado, que muitas vezes é  auxiliado pela Catwoman e pela Huntress. 
Laeta Kalodrigis, guionista dos  comics da Lara Croft e uma dos 15 argumentistas do filme X Men, escreveu o guião  para o episódio piloto da série Birds of Prey. 
Antes de mais, a série  decidiu trocar as voltas aos fãs. Apesar dos nomes das heroínas estarem lá,  estas deixaram de ser quem eram. A Huntress é agora filha da Catwoman e de  Batman e luta o crime juntamente com a Oráculo, que é filha do Comissário Gordon  e era a Batgirl até ficar paraplégica; agora utiliza um computador ligado à web  para estar sempre a par de tudo e ajudar Huntress. Catwoman foi assassinada pelo  Joker antes de Helena Kyle se transformar em Huntress, por isso não há Catwoman  para ninguém. 
No episódio piloto, junta-se-lhes Dinah, uma adolescente  de 17 anos com poderes telepáticos, que se vem a descobrir no episódio 5 que é  filha da Black Canary, a qual não pertence às Aves de Rapina. 
A  Arqui-vilã que não aparece em todos os episódios é uma psicóloga chamada Harleen  Quinzel (Sherilyn Fenn no piloto, mas substituída por Mia Sara no 1º episódio da  série, porque Fenn teve outros compromissos)... que é o mesmo que Harley Quinn,  o mais prolífico discípulo de Joker, após a operação ao sexo que fez dele  mulher... sim, porque se não fosse mulher não tinha direito a entrar nesta série  quase exclusivamente no feminino. 
E digo quase porque há um detective da  polícia a tentar agradar ao público feminino, e o maior risco da série em termos  de aceitação do público: ele é o actor negro Shemar Moore, que vai tendo um  certo flirt com a Huntress branca. Os rednecks nunca vão muito à bola com estas  modernices ... 
Bom, a série, se tivesse aprendido minimamente com Buffy,  Smallville, Dark Angel ou Alias, saberia o que é preciso para singrar, mas ...  não. A heroína lutadora, Huntress, é uma rebelde má educada que irrita  imediatamente, o que é azar, porque é suposto gostarmos dos personagens  principais. A adolescente Dinah também parece uma idiota com uma carinha  maravilhada em relação a tudo. 
Mas principalmente, falta acção; Alias  nunca teria sido o sucesso que foi sem Sydney Bristow sempre em dificuldades.  Falta humor; Buffy nunca teria pegado se não fosse o humor de Joss Wheddon.  Faltam personagens para interagir com as heroínas. Faltam figurantes – a cidade  de New Gotham (porquê New?) não tem ninguém nas ruas a menos que interesse para  a trama, porque de resto está deserta. O esconderijo das donzelas é o topo de um  arranha-céus, por trás de um relógio de praça. Mas esse relógio, estando ali no  topo do prédio, nem com binóculos conseguiria ser visível da rua, inquinando o  seu propósito. 
E falta beleza. A série Dark Angel também tinha um rapaz  numa cadeira de rodas a fazer as investigações no computador enquanto a miúda de  negro andava no terreno, mas era impossível tirar os olhos dos lábios carnudos  de Jessica Alba ... Em Birds of Prey, a paraplégica é a moça mais gira e tem  idade para ser mãe de grande parte do público target. Ashley Scott (que também  entrou em Dark Angel), a Huntress, ficava melhor em loira e o penteado não a  favorece. A atitude também não. Rachel Skarsten é um pãozinho sem sal. Como a  série.
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