O episódio piloto é de 2000, a série teve duas  curtas temporadas de 12 episódios cada em 2001-2002 e no próximo dia 29 de Julho  sai o DVD especial completo.
Depois de ter visto o telefilme, que  funcionou como episódio piloto, só posso reclamar... de  tudo.
Basicamente, a Witchblade é uma armadura extraterrestre que só  serve a mulheres e que pode ser usada contra o crime por quem for merecedor.  Joana D'Arc foi uma das que a usou, mas quando se diz que Cleopátra foi outra,  só temos vontade de rir, porque nenhum livro de História nos diz que Cleo alguma  vez tenha combatido. E como o destino de Joana D'Arc também não foi lá muito  famoso, só podemos imaginar que a Witchblade é mais uma maldição do que outra  coisa.
Saída dos comics da Top Cow, o guionista da série Marc Silvestri é  também o da BD, mas o que é certo é que em 91 minutos de filme, não há um em que  não se pense em desistir. A personagem principal, a detective da polícia  Sara Pezzini, é uma alienada com cara de poucos amigos. Depois de o seu parceiro  ser assassinado, é substituído por David Chocachi, um dos meninos loiros da  série Marés Vivas que não serve para outra coisa do que daytime soaps.  Sem saberem como incluir a Witchblade numa história policial encarada  como séria, o resultado só pode ser anedótico. 
Nunca se chega a perceber  o que é a Witchblade nem porque há-de pertencer a Sara, que nada tem  de merecedora. Nunca se percebe como lhe vem parar às mãos, nem como se liga a  ela. As cenas com a armadura são péssimas, sempre filmadas em sucessão de  imagens, ora com a armadura ora sem ela. A maior parte do tempo, a Witchblade  não passa de uma pulseira, que se transforma em tempos de necessidade numa luva  de aço que vai até ao cotovelo e de onde sai uma espada. 
Durante mais de  metade do filme, há um homem de armadura inteira em pose por trás de esquinas,  encoberto nas sombras e em plena rua. Ele é uma projecção mental que só Sara  consegue ver, mas a dada altura o vilão também o vê. Afinal, não são só os  eleitos que vêm a armadura. 
há duas cenas a imitar a bullet-time  image capture do Matrix. Não fica nada bem, porque o resto do tempo é  filmado como se fosse um film noir. 
A série teve alguma popularidade mas  foi cancelada em parte por causa dos problemas da actriz Yancy Butler com a  garrafa. Não sei se a série melhorou como o tintol, mas o piloto é intragável.  Eu, pelo menos, prefiro manter-me sóbrio.
No comments:
Post a Comment