Monday, April 27, 2009

Birds of Prey

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Os mesmos produtores de Smallville foram contratados pela Warner Bros para desenvolverem uma série baseada nos comics Birds of Prey (2002). 

O conceito do comic nasceu em 1996 num especial Oráculo/Black Canary, transformada em revista mensal em 1999, sempre escrita por Chuck Dixon. A história trata do combate ao crime por parte do dueto feminino mencionado, que muitas vezes é auxiliado pela Catwoman e pela Huntress. 

Laeta Kalodrigis, guionista dos comics da Lara Croft e uma dos 15 argumentistas do filme X Men, escreveu o guião para o episódio piloto da série Birds of Prey. 

Antes de mais, a série decidiu trocar as voltas aos fãs. Apesar dos nomes das heroínas estarem lá, estas deixaram de ser quem eram. A Huntress é agora filha da Catwoman e de Batman e luta o crime juntamente com a Oráculo, que é filha do Comissário Gordon e era a Batgirl até ficar paraplégica; agora utiliza um computador ligado à web para estar sempre a par de tudo e ajudar Huntress. Catwoman foi assassinada pelo Joker antes de Helena Kyle se transformar em Huntress, por isso não há Catwoman para ninguém. 

No episódio piloto, junta-se-lhes Dinah, uma adolescente de 17 anos com poderes telepáticos, que se vem a descobrir no episódio 5 que é filha da Black Canary, a qual não pertence às Aves de Rapina. 

A Arqui-vilã que não aparece em todos os episódios é uma psicóloga chamada Harleen Quinzel (Sherilyn Fenn no piloto, mas substituída por Mia Sara no 1º episódio da série, porque Fenn teve outros compromissos)... que é o mesmo que Harley Quinn, o mais prolífico discípulo de Joker, após a operação ao sexo que fez dele mulher... sim, porque se não fosse mulher não tinha direito a entrar nesta série quase exclusivamente no feminino. 

E digo quase porque há um detective da polícia a tentar agradar ao público feminino, e o maior risco da série em termos de aceitação do público: ele é o actor negro Shemar Moore, que vai tendo um certo flirt com a Huntress branca. Os rednecks nunca vão muito à bola com estas modernices ... 

Bom, a série, se tivesse aprendido minimamente com Buffy, Smallville, Dark Angel ou Alias, saberia o que é preciso para singrar, mas ... não. A heroína lutadora, Huntress, é uma rebelde má educada que irrita imediatamente, o que é azar, porque é suposto gostarmos dos personagens principais. A adolescente Dinah também parece uma idiota com uma carinha maravilhada em relação a tudo. 

Mas principalmente, falta acção; Alias nunca teria sido o sucesso que foi sem Sydney Bristow sempre em dificuldades. Falta humor; Buffy nunca teria pegado se não fosse o humor de Joss Wheddon. Faltam personagens para interagir com as heroínas. Faltam figurantes – a cidade de New Gotham (porquê New?) não tem ninguém nas ruas a menos que interesse para a trama, porque de resto está deserta. O esconderijo das donzelas é o topo de um arranha-céus, por trás de um relógio de praça. Mas esse relógio, estando ali no topo do prédio, nem com binóculos conseguiria ser visível da rua, inquinando o seu propósito. 

E falta beleza. A série Dark Angel também tinha um rapaz numa cadeira de rodas a fazer as investigações no computador enquanto a miúda de negro andava no terreno, mas era impossível tirar os olhos dos lábios carnudos de Jessica Alba ... Em Birds of Prey, a paraplégica é a moça mais gira e tem idade para ser mãe de grande parte do público target. Ashley Scott (que também entrou em Dark Angel), a Huntress, ficava melhor em loira e o penteado não a favorece. A atitude também não. Rachel Skarsten é um pãozinho sem sal. Como a série.

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